segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Reflexão Biográfica em Imersão - Outubro - Petrópolis

Estamos começando as entrevistas para a formação de um grupo de até 8 pessoas para viverem um processo de reflexão biográfica em imersão.
Durante 3 dias,  de quinta - feira, inicio da tarde até domingo na hora do almoço, viveremos uma rotina nutricional ovo lacto vegetariana, atividades físicas e artísticas e algumas terapias externas relaxantes que proporcionam uma oportunidade para desentoxicar e adotar novos padrões e ritmos saudáveis.
Palestras inspirativas , reflexões individuais, partilhas em grupo e atividades lúdicas e artísticas irão apoiar o processo de reflexão biográfica.
Equipe condutora: Leila Tammela - aconselhadora biográfica e Christine Pouchoucq - Fisioterapeuta

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Minha Biografia


Nasci no Rio de Janeiro, em Botafogo.  Primeira filha, tenho mais dois irmãos . Meus pais: Leo, descendente de finlandeses e minha mãe Zélia, descendente de nordestinos ( ....espanhóis, holandeses...) . Só ela ainda está por aqui, mas ambos reforçam a certeza de que podemos aprender e nos aprimorar até o dia da partida.
Estudei em colégio religioso onde aprendi ballet e violão. Fui ótima aluna. Joguei volley no Fluminense e cheguei a fazer parte dos times juvenil e primeira divisão.  Queria muito conhecer o “ mundo real” e aos 14 anos fiz um concurso para fazer o segundo grau em uma escola técnica federal. Passei e foi aí que meus pais souberam que a filha iria ser técnica em eletrônica.
Ao me formar, 3 anos depois, queria logo começar a trabalhar para ser independente. Aproveitei um momento de necessidade de professores para matérias profissionalizantes e fui dar aula de laboratório de eletrônica no Santo Inácio, Sion e São Vicente de Paula.
Passei também no vestibular de Engenharia da UFRJ. Era a única que trabalhava e estudava na minha turma. O esforço se fazia valer nas férias e fins de semana pois eu tinha recursos para bancar a gasolina e o carro para as viagens que gostava tanto de fazer. Os esportes desta época foram esgrima, tênis e capoeira pois os horários eram adequados a minha nova agenda.
Casei ainda fazendo faculdade e fui contratada para a ECT. Fiz projetos muito interessantes e ousados por lá e com uma relativa segurança para ter minhas duas filhas. A carreira na ECT não iria evoluir como estava planejando então quis trabalhar em uma empresa privada nacional e fui para a Natron.
Lá tive a oportunidade de conhecer tanto as novas tecnologias de informação quanto a desenvolver um interesse em ações associativas, pois ajudei a fundar uma associação de empregados e as bases de um sindicato de profissionais da engenharia consultiva, enquanto nascia meu terceiro filho.
Era o final da década de 90, tempo de grandes transformações no Brasil, que também chegaram na minha vida pessoal. A empresa foi desmobilizada por falta de projetos e no mesmo período, meu primeiro casamento terminou. Logo apareceu meu segundo marido com meus três queridos enteados que foi corajoso e generoso em apoiar meu sonho de criar meus filhos em uma cidade mais calma que o Rio de Janeiro. Mudamos para Vassouras, a 113 km do Rio e lá vivemos por 8 anos.
Meus filhos diziam que eu apenas dormia lá pois, após um primeiro ano sabático e de adaptação as novas situações, fui convidada para fazer meus primeiros trabalhos de consultoria e eu e meu marido vínhamos ao Rio trabalhar todos os dias.
A vida profissional ganhou novo impulso e vários projetos interessantes com maior complexidade foram se apresentando. O convite para fundar uma cooperativa de tecnologia da informação foi um desafio que abarquei alegria.
O sucesso desta empreitada me mostrou que também na prosperidade as crises podem se instalar. Diferenças em como e se iriamos reinvestir os bons resultados atingidos nos levaram a fazer uma consultoria estratégica, que por minha influência, foi executada por uma consultoria de base antroposófica.
Este momento foi muito importante para a minha vida pois pude entrar em contato com uma cosmovisão e compreensão dos fenômenos e realidades que iria orientar todo o meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Em 2000 fui então fazer todas as formações disponíveis para consultoria de desenvolvimento e neste caminho, convidada a fundar o Instituto EcoSocial. Os filhos já entrando no momento de ingressar em estudos superiores nos trouxeram de volta ao Rio de Janeiro.
O aprofundamento nos estudos da biografia humana e seus processos de desenvolvimento apoiou meu próprio desenvolvimento pessoal e profissional em coaching.
Colaborar com as entidades de classe tais como a Association for Social Development (ASD) e a Associação Brasileira para o Trabalho Biografico foram parte deste processo.
Ser facilitadora do Programa Germinar para lideranças sociais fez também parte do meu caminho e tenho especial carinho com a turma de Juruena, onde pude tomar contato com a realidade dos indígenas e daqueles interessados em fazer manejo sustentável de florestas e toda a sua cadeia de valor. Esta experiência foi um mergulho nas questões objetivas da nossa realidade brasileira em toda sua complexidade.
Em 2014 um momento de fechar ciclos se apresentou. Um desejo de colocar minhas energias mais focadas no desenvolvimento social,  me levaram a apoiar a fundação da ComViver, que a partir de agora será o gestor do Programa Germinar, anteriormente vinculado ao EcoSocial.
Meu momento atual é de buscar colocar minhas habilidades e capacidades na construção do futuro. Temas como educação de jovens e adultos, empreendedorismo, liderança servidora, ética e sustentabilidade são os que me trazem brilho ao olhos. Meus filhos já formados e constituindo suas próprias famílias trazem a consciência da urgência em legar um futuro de novas e mais justas possibilidades para os netos e o planeta.
As habilidades artísticas foram se metamorfoseando ao longo da vida e hoje fazer aulas de canto é um enorme prazer. Trazer a apreciação estética e o fazer artístico para o desenho de programas de desenvolvimento de grupos e pessoas é um ponto de constante atenção.
Ir a pé para o trabalho é uma possibilidade muito sedutora e emblemática como padrão de qualidade de vida.
Berlim é uma das cidades em gostaria de passar mais tempo. Visitar a Groenlândia e a Irlanda estão na minha wish list.


Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016